Sua
equipe está pronta para receber feedback?
É comum em todas as esferas das empresas o
pedido de feedback formal sobre os trabalhos. É uma necessidade do ser humano,
em especial de algumas culturas, assim como a nossa, em saber se o trabalho
está agradando ao empregador.
Mas alerto sobre o risco que se tem no
processo de feedback quando sua equipe não está preparada para ouví-lo.
Ouvir críticas ou comentários negativos
sobre nós é desagradável, por mais que alguém fale que é para seu crescimento,
que isto está ajudando a manter seu
desempenho em alto nível, no fundo ninguém gosta de ouvir críticas, gostaríamos
de receber apenas elogios.
Percebo que a grande maioria dos
colaboradores não está preparada para receber feedback de seus líderes. Digo isto
pois no processo é comum haverem pontos de melhoria a se comentar e por mais
técnica e domínio do processo que o líder possua, as pessoas não gostam de ouvir
os pontos a melhorar. Alguns pioram ainda a situação quando sequer ouvem as
virtudes apontadas, focam apenas nos desenvolvimentos e melhorias sugeridos.
E como preparar sua equipe para receber
estas orientações sem gerar grandes descontentamentos? A resposta não é simples e única. Há uma série de exercícios
que devem ser praticados para que se alcance este objetivo e deixo aqui algumas
dicas que julgo importantes no processo:
·
Diminua os ciclos formais de feedback. Ciclos
curtos permitem tratar objetivamente pequenos aspectos, evitando assim as
longas listas para feedbacks anuais;
·
Tenha um caderno (pode ser um smartphone ou
tablete para os mais novos!) e anote sempre exemplos práticos e reais do que
ocorreu. Dar exemplos genéricos e sem lastro em fatos reais tira toda
credibilidade do processo;
·
Quando tiver oportunidade, aponte a melhoria
quando visualizá-la, no momento em que ela ocorre. Não faça do feedback uma
lista de itens guardados durante um período para ‘jogar na cara’ do
colaborador.
·
Sempre que puder faça com que a equipe participe
ativamente do processo, ou seja, dê a oportunidade do colaborador mesmo citar
suas principais dificuldades e dar sugestões de como melhorá-la. A autocrítica
sempre é benéfica e facilita a solução do problema.
·
Tente ao máximo desvincular o processo de
feedback do processo de cargos e salários. Misturar o retorno sobre as
melhorias e ações pessoais e profissionais com a questão salarial é muito
delicada, tenha certeza o foco do colaborador será 70% na questão salarial, 30%
no seu feedback.
Seguindo estas dicas e tantas outras que
você pode identificar nos milhares de textos existentes na internet sobre o
assunto você com certeza conseguirá conscientizar as poucos sua equipe e seus
líderes sobre a importância deste processo em nossa cultura.
Se você acha que é um exemplo na aplicação
de feedback, que você domina todas as técnicas e sua equipe está totalmente
preparada para receber tanto os pontos positivos quanto os negativos, considere
ler este texto desde o início, de forma pausada e reflexiva!